Que manhã queridos. Que
celebração do Natal tão especial.
Quando chegamos aqui, não
tinha salas para nos reunir com as crianças, então eu queria construir, fazer
um novo templo, reformar tudo... enfim, impossível em 4 meses, né? Nesse
conflito, o Senhor falou ao meu coração: O templo são elas, invista nelas.
Então, comecei a sonhar com um pequeno musical, pois as crianças amam música.
Disso veio a ideia de fazer as roupas e claro os sapatos pra acompanhar. Então
começamos, contatei nossos mantenedores e amigos e não foi difícil, logo achei
algumas pessoas para ofertarem especificamente. Mandamos fazer no total 58
roupinhas mais sapatos.
Vocês tinham que ver a
felicidade delas recebendo as roupinhas e indo correndo trocar porque o musical
já ia começar.
Depois de alguns "alvoroços"
(faz parte)... afinal além das 58 crianças apareceram mais umas 30 (misericórdia)
querendo roupas também, mas expliquei que ali era pra quem participou de tudo
que aconteceu nesses 4 meses. Mas continuando...
Após o nosso breve musical que
no meio eu já estava com vontade de chorar ao vê-las cantando e falando os
trechos bem decorados, pequei o microfone para agradecer e orar. E o que
aconteceu? Chorei de novo na frente da igreja. E o qual o problema? O problema
é que aqui não se chora na frente das pessoas, isso é sinal se vergonha e
fraqueza. Quando os vi assustados, expliquei que estava chorando de alegria e
Jesus chorou e por isso podemos chorar também. Chorei por estar ali, cumprindo
a missão, chorei por cada pessoa que ofertou, chorei por ver as crianças tão
lindinhas, chorei porque Jesus nasceu e podemos celebrar por isso. Não sei se
eles entenderam bem.
Mas ao final do culto nossas
adolescentes pediram para cantar mais uma música e a Ana, a menina que estava
com o microfone na mão, também chorou de emoção. No encerramento da festa, o
apelido dela ficou: Brasileirinha. Eu sei porquê eu chorei, a Ana sabe porquê
ela chorou e o Espírito Santo de Deus aceitou nossas lágrimas como oferta desse
Natal.
A lição que ficou? É que o
templo somos nós. O que adianta termos salas lindas e com ar condicionado em
todo no lugar, mas sem lugar pra Jesus?
Compartilhar e chorar... O que
adianta ter fartura, correr para um lado e pro outro comprar e comprar e
comprar se o aniversariante pediu apenas para AMAR no próximo bem próximo e
aquele próximo que não está tão próximo. Chore porque Jesus também chorou.
Nesse 25 de dezembro de 2019,
mesmo num contexto completamente muçulmano, sem lugar, com tantas mazelas e
dificuldades, confusões familiares, espíritos contrários, pobre Jesus veio e
novamente nasceu na pequena cidade de Lichinga, aos poucos e através de você, Ele
foi e está sendo bem recebido aqui, encontrou morada aqui, encontrou abrigo
aqui. Seu amor, graça, perdão, carinho, cuidado, misericórdia, luz e salvação
está chegando aqui.
Desejamos a você muitas bênçãos
nesse novo ano. E que todas essas bênçãos sejam para abençoar outras vidas.
(O alvoroço espiritual foi mesmo tão grande que não conseguimos uma foto com todas as crianças rs, mas depois, um dia vamos conseguir!)
Eli e Ana Costa
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