7 de abr. de 2015

Pensando sobre o casamento

   Estava pensando sobre um fato que me ocorreu no último congresso de jovens que fomos, agora nesse último final de semana. Foi benção estava tudo indo bem. E no sábado à noite, na última noite teve uma festinha, o tema da festa era neon, todo mundo colocou roupa clara, inclusive eu, para brincar, rir e se divertir. Vou ser sincera pra vocês não sei como foi a festa, pois não pude entrar, rs vou explicar o porquê. Mas antes quero descrever o cenário.
   Arrumaram a festa, colocaram a luz negra e desligarem a luz pra fazer o efeito nas roupas das pessoas, a música era tipo eletrônica. Daí quando me animei pra entrar meu esposo olhou pra mim e falou:
-Não, nós vamos dormir.

-Eu falei: o quê? Você tá ficando velho? Tá doido? Na hora mais legal.. Vamos ficar só um pouquinho...?

Ele firmemente respondeu: - Não. Vamos dormir.

- Então, deixa que eu te levo até a porta do seu quarto, disse eu, pois o quarto dos homens ficava ao lado da festa assim poderia passar e vê pelo menos como estava.

-Ele respondeu: Não. Deixa que eu te levo até o seu quarto, não quero que esposa minha fique em festinha sem mim.

  Adivinhem o que eu fiz? Sim. Exatamente, fui dormir rs. Mas o que quero retratar nesse diálogo aparentemente machista é a submissão, “passiva” de uma esposa, é o seguinte:
As nossas atitudes não devem ser pautadas na vida do outro, mas sim no que eu creio e no que eu entendo que é certo ou não. Muitos casamentos estão dando errado por falta do entendimento que devemos agir correto ou não porquê o outro está agindo conosco, mas sim porque somos cristãos e queremos seguir e copiar Jesus, nosso ídolo e exemplo maior.

   O que percebo é que a maioria das pessoas tem uma atitude pautada no comportamento das outras pessoas. Então é mais ou menos assim: Fulano fez grosseria comigo, eu faço também, fulana tá me devendo? Eu me vingo, o outro falou mal de mim? Eu fico de mal com ele também sem nem ao menos saber se é verdade ou não. E assim essas pessoas se casam e fazem o mesmo. Meu marido me traiu? Traio também. Meu marido fez grosseria? Faço também. Minha esposa não fez a comida? Não faço mais compras... e assim vai... "deixa a vida me levar, vida leva eu..."

   Quando Jesus disse que não. Ele veio para nos mostrar que devemos fazer diferente. Vamos recapitular:
Lucas 6: 27 "Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, 28 abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam. 29 Se alguém bater em você numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém tirar de você a capa, não o impeça de tirar a túnica. 30 Dê a todo aquele que pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não lhe exija que o devolva. 31 Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles. 32 "Que mérito vocês terão se amarem aos que os amam? Até os pecadores amam aos que os amam.

   Amar, fazer carinho e ser fiel ao esposo ou esposa quando eles estão merecendo é relativamente fácil, o difícil é você mostrar tudo isso quando ele menos merece. Isso é casamento, isso é amor, isso e maturidade, isso é vida cristã.

   Voltando ao diálogo que contei: Qual era a vontade que eu tinha? Exatamente, essa que você pensou... de ir na festa, primeiro porque ele que estava com sono não eu, segundo porque não era nada de “errado” e terceiro porque a vida é minha, é meu desejo ninguém manda em mim e quando é o contrário ele não me ouve. Certo? Errado.

   Foi difícil? Sim, minha vontade era ir mesmo sabendo que no outro dia quando ele soubesse ia ficar com raiva e passaria dois dias quase sem falar comigo isso geraria estresse no meu casamento e uma situação que eu poderia evitar ia se prolongar. O que me ajudou a tomar a decisão certa, não é porque sou boazinha e meu marido é perfeito, mas sim porque eu sigo a esse Deus e Ele me orienta a ser sábia, a evitar, a amar.

   Precisamos voltar as escrituras, precisamos saber quem realmente somos e para quê viemos. Precisamos ser pessoas melhores, não creio que ninguém muda com o outro tratando do mesmo jeito. Só há mudança, no meu casamento, ou na minha equipe de trabalho, na minha escola... se eu mudar primeiro, se eu agir diferente primeiro, se eu pensar o que Jesus faria em meu lugar.

   Essa é uma boa premissa para meu casamento ir bem, com menos brigas, menos estresse, menos falta de respeito e mais amor, mais comunhão, mais paz, mais união.

   A maioria das minhas amigas se lerem isso vai falar: Você é besta, você é uma boba, deixar homem te mandar. E eu responderia: No meu casamento, entre ser feliz e ter razão eu prefiro ser feliz.

   Final da história: Cheguei no quarto, a maioria das meninas vieram também e nós ficamos lanchando e batendo papo até altas horas, duas coisas que mais amo fazer. E no outro dia? Meu marido estava feliz da vida, super carinhoso comigo e me dando tudo o que eu pedia, porque eu resolvi ouvi-lo.


   É sempre assim? Não vocês verão cenas dos próximos capítulos. O fato é: Não trate as pessoas como elas te tratam, principalmente seu esposo(a), trate como você gostaria de ser tratado e como Jesus mandou que tratássemos. Com amor. 

Ana