Ontem rolou pela 3° vez seguida, e pude participar, da Ceia de Natal na praça junto com aqueles que hoje já se tornaram nossos amigos que estão em situação de rua em Macaé.
Muito que tem acontecido na minha vida e que tenho deixado acontecer tem me levado a questionar que tipo de vida e que tipo de praxis e performance cristã tenho vivido/sido.
Lá pro meio da Ceia um brother meu, bem crente, veio me perguntar se o meu Pastorzão ia dar uma palavra. Eu disse que não e que a programação ia ser só aquilo (música, teatro, oração) mesmo e depois liberar a comida e ele refletiu e achou até legal. Me fez pensar também como estamos presos a certos dogmas e liturgias religiosas. Se não tiver isso ou aquilo não é igreja ou não é culto ou não é evangelismo.
Agora me veio novamente a mente a palavra palavra/linguagem e que está registrado no evangelho de João 1, que chamam de verbo, palavra em Grego Logos. Se liga:
João 1:1-5
"Antes de tudo, havia a Palavra, a Palavra presente em Deus, Deus presente na Palavra. A Palavra era Deus, Desde o princípio à disposição de Deus. Tudo foi criado por meio dele; nada — nada mesmo — veio a existir sem ele. O que veio à existência foi a Vida, e a Vida era a Luz pela qual se devia viver. A Luz da Vida brilhou nas trevas; as trevas nada puderam fazer contra a Luz.
Ele que era antes de tudo. Natal é Jesus. Essa data, mas não exatamente essa data, não se trata de Papai Noel o "bom velhinho", trenó e renas, não se trata de amigo oculto, não se trata de jantares regados pra minha família/panela, não se trata de roupas e calçados novas e caras, não se trata de urso polar e pinguins bebendo Coca cola zero, não se trata de ser o que não sou no fim do ano o que não sou o ano inteiro, não se trata de nova maquiagem, não se trata de vermelho, branco e verde, não se trata de pinheiro enfeitado, não se trata de pisca pisca, não se trata de ir a praia, encher a cara e "curtir todas", não se trata de apresentação de cantatas de Natal em nossos templos trancados com nossos filhos solando e atuando lá na frente inflando nossos próprios egos e gostos, não se trata de shoppings lotados e torrar meu décimo terceiro todo num capitalismo desenfreado comprando coisas supérfluas que não preciso, pra agradar a quem não gosto. Isso não é Natal.
Se trata de um camarada que era prometida e esperada a sua vinda. Nasceu, viveu, morreu por todos nós e um dia irá voltar para nos buscar pra morar em um lugar que Ele está preparando pra nós. Ele é a nossa esperança. Esperança viva em nossas vidas. Seu nome é Jesus Cristo.
Não se trata de apenas mais uma ceia de Natal, uma vez por ano e tchau. Se trata de estar na praça todos os dias, de segunda a segunda, faça chuva ou faça sol, tomando café, dialogando, ouvindo, cantando, dançando, aprendendo, trocando, caminhando com eles na praça. Aliás, sempre os vejo e esbarro com eles nas ruas todos os dias. Mas será que por que não me importo e não faço absolutamente nada para mudar a realidade deles ou pra saber o que aconteceu para que chegassem a essa situação e o que estão sentindo e o que pensam...?
Quando me lembro de que Jesus fazia a diferença, era luz, trazia paz, mudava a história, não excluía. Poderia julgar e condenar mas trabalhava com segundas chances. Amava, perdoava, incluía, abraçava, trazia para perto. Se esse amor me alcançou, precisa alcançar outros ainda. Se tenho tenho que compartilhar com quem não tem. Se posso outros tem que poder também. Se tenho outros também tem o direito de ter.
Se trata de uma vida e um estilo de vida inteira e completa de amor, graça e compaixão imensurável e sem controle.
Deus abençoe sempre Jorge e Elis e a todos os envolvidos nessa caminhada! Estamos juntos! Vamos nessa!
Eli Costa
Já temos discursos demais. É preciso agora é proatividade.
ResponderExcluirMinisterio, chamado, missão!! Deus abençoe!!
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