Ariovaldo Ramos
Deus existe, criou o universo, sua vontade é o padrão da
criação, ou seja, tudo o que não anda conforme sua ordenação está em estado
disfuncional. Ele está fora e dentro do universo, se revelou através do povo de
Israel e, perfeitamente, em Jesus de Nazaré, por meio de cujo sacrifício salvou
o universo salvando o homem de sua queda, e deixou um livro, a Bíblia, para
explicar isso tudo.
Então, qual é o segredo? Por que relacionar-se com Deus se
tornou algo tão cheio de burocracias? Por que a gente parece que tem de entrar
num concurso vestibular para realmente alcançar o conhecimento de Deus? Não
seria muito mais lógico explicar para as pessoas o que significou todo o
movimento de Deus para salvar a humanidade, e toda a criação, e colocá-las em
contato com Ele e pronto?
Qual é a dificuldade para falar com Deus, se Ele é a maior
realidade do universo? Para que tantos intermediários? Por que tanto templo e
tanto ritual? Se basta dois ou três reunidos em nome de Jesus, e, pronto: eis a
Igreja instalada? Uma vez que Deus é
mais real do que o ar que respiramos, por que tanta celeuma, tanto sacerdote?
Se estes dois ou três são suficientes para que haja eucaristia e batismo? Já
pensou se fosse assim para respirar o ar? Certamente estaríamos todos mortos
por asfixia! E se Deus está perto de todos os que o invocam, por que não
simplesmente invocá-lo, sabendo que Ele está em todo o lugar, e que Cristo
abriu o caminho de contato com ele?
Tem mais, há alguém que, porventura, fica a repetir o tempo
todo, oh ar, que bom que você está aqui para que eu possa respirá-lo? Ora, a
gente simplesmente respira. Por que com Deus não é assim? Por que a gente não o
vive simplesmente, sabendo que nele estamos todos, que podemos invocá-lo a toda
hora?
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